quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uma singela homenagem às "Pagus"

Pagu, nascida em 09 de junho de 1910, foi uma mulher à frente da sua época. Estigmatizada por sua forma irreverente de se portar diante a sociedade de sua época (por conta de seu vocabulário, sua forma de vestir e seu comportamento "inadequado"), Pagu é um belo exemplo de "mulher ao avesso". Estava sempre questionando o modelo social machista e sexista (que perdura até hoje), trazendo contribuições para se pensar a relação de gênero.

Por que existem padrões comportamentais? Qual a intenção de se criar convenções morais? Qual o sentido disso senão controlar?

A intenção é provocar o pensamento. Refletir sobre o que é ser mulher na sociedade contemporânea. Será que, ainda hoje, conseguimos identificar traços arcaicos de formação social? Não tem nada de errado nisso?

Para mim, TEM. Infelizmente nós, mulheres, ainda sofremos uma série de preconceitos pelo simples fato de sermos do sexo feminino. Isso está expresso nos salários (que, em alguns casos, são mais baixos que os dos homens), nas características que nos são atribuídas por lutarmos pela liberdade sexual (piranha, galinha, vadia, cachorra), nas piadinhas de mau gosto (como a feita por um estúpido deputado durante a propaganda eleitoral: mulher precisa de terapia... Ter a pia cheia de louça para lavar) etc.

É importante lembrar que não podemos cair num extremismo: não defendemos as "Amélias", tampouco as "Mulheres-Fruta", já que ambas demonstram um comportamento pautado na idealização machista do que é ser mulher. A luta é política, ideológica. Queremos igualdade de direitos.

"Mulheres de todo o mundo, uni-vos!" 

O que é prioridade para você?


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